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Ministro Ivan Monteiro de Barros Lins

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     Jornalista, professor, pensador, ensaísta e conferencista, nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 1904, e faleceu no Rio de Janeiro, em 1975.

 

     Candidatou-se, pela primeira vez, à Academia Brasileira de Letras em 1943, na vaga de Xavier Marques, concorrendo com Wanderley de Pinho e Menotti   del Picchia, que foi o eleito. Pela segunda vez candidato, foi eleito, em 1958, na vaga de Afonso d’Escragnolle Taunay, para a Cadeira nº 1, sendo recebido no mesmo ano pelo acadêmico Rodrigo Octavio Filho.

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     Em 1917, sendo seu pai nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal, transferiu-se com a família para o Rio de Janeiro, matriculando-se no Ateneu Bôscoli, onde fez seus estudos secundários. Por essa época descobriu o Positivismo através do livro de Teixeira Mendes Esboço biográfico de Benjamin Constant. Depois dessa leitura, aderiu à doutrina de Comte e iniciou o estudo metódico do Positivismo.

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      Com um longo artigo sobre "Francia e o Positivismo", publicado no “Jornal do Commercio” em 1828, iniciou sua atividade de difusão das idéias positivistas no Brasil.

 

      O Positivismo, foi para ele, um método de sistematização dos conhecimentos científicos, filosóficos e sociais, fornecendo as bases para o estabelecimento de uma moral científica.

 

     Em 1932 foi nomeado Secretário da Estação Experimental de Combustíveis e Minérios, mais tarde Instituto de Tecnologia, do Ministério da Agricultura. Chegou a ser demitido do cargo, em 1934. Realizou na Associação Brasileira de Educação um ciclo de conferências que depois ele reuniu no livro Introdução ao estudo da filosofia. Daí por diante pronunciou inúmeras conferências, inclusive na Academia Brasileira de Letras, que foram sendo publicadas em livros.

 

     Colaborou em vários jornais e revistas: Jornal do Commercio, O Jornal, Correio da Manhã, Diário Carioca, do Rio; Correio Paulista, Diário Popular, Diário de São Paulo, Folha da Manhã, Digesto Econômico, Revista Brasileira de Filosofia, Revista de História, de São Paulo; Correio do Povo de Porto Alegre; A Tarde de Salvador e Revista Filosófica, de Coimbra.

 

      Em 1937, passou a lecionar História da Filosofia na Faculdade de Direito da Universidade do Brasil.

 

      Em 1940, foi ao Uruguai como integrante da Missão Cultural Brasileira, onde pronunciou três conferências.

 

      Em 1942, foi nomeado, pelo presidente Getúlio Vargas, ministro do Tribunal do Contas do então Distrito Federal, do qual foi eleito vice-presidente (1950), presidente (1951 a 1953) e novamente vice-presidente (1953 a 1955).

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     Aposentou-se em 1974, despedindo-se do Tribunal de Contas da União em sessão solene em sua homenagem. Passou a dedicar-se ao preparo de suas Memórias, que ficaram inacabadas. 

 

      Faleceu aos 71 anos aquele que, nas palavras de Barbosa Lima Sobrinho, "soube fazer de sua vida um apostolado, pela nobreza de seus atos, pela generosidade de suas inspirações".

 

ALGUMAS OBRAS

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Lope da Vega, ensaio (1935); Católicos e positivistas, ensaio (1937); Tomás Morus e a utopia, ensaio (1938); Um aspecto inédito na obra de Martins Fontes, ensaio (1938); Ruiz de Alarcón, ensaio (1940); A Idade Média, a cavalaria e as cruzadas, ensaio (1939); Gonçalves de Magalhães, ensaio (1943); Aspectos do padre Antônio Vieira, ensaio (1956); O positivismo no Brasil, ensaio (1950); Edmundo Lins, ensaio (1965); Estudos brasileiros, ensaios (1973); Erasmo, A Renascença e o Humanismo (1967); Escolas Filosóficas, ou, Introdução ao estudo da filosofia.

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