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     A Família Monteiro de Barros tem sua origem na encantadora região Norte de Portugal, entre o Douro e  o Minho, onde corre agitado o rio Cávado, que descendo a Serra de Gerez, banha uma zona fértil, entrecortada de olivais frondosos, alentados pinheirais e de castanheiras seculares. Além das cidades importantes de Barcelos e Espozende, à margem do rio Cávado, surgem aqui e acolá aldeias, povoados, granjas movimentadas e quintas tradicionais, abrigando uma população forte e viril. Formou-se aí então uma nobreza, não de sangue, mas rural, presa á gleba, com avós que já tinham plantado vinha e murado terras desde o tempo do rei D. Diniz, edificando o Reino como disse Alexandre Herculano, como uma enxada e com uma lança. (Frederico de Barros Brotero, em "A Família Monteiro de Barros").   

    Desde a freguesia de Carapeços, no concelho de Barcelos, em Portugal, chegando ao Brasil-colonia, em meados do século XVIII, a família Monteiro de Barros se fez presente nos diferentes ciclos econômicos ocorridos no Brasil. Passando pelo ciclo do ouro na região das Minas Gerais, pelo ciclo do café, cultivado em fazendas situadas na zona da Mata de Minas, no Vale do Paraíba fluminense, na Serra Capixaba e no  interior do Estado de São Paulo (terras roxas do Oeste paulista).

     Descendem do Dr. Manuel Monteiro de Barros e de Inês Pereira. Seus filhos, os irmãos Manuel e Mariana Monteiro de Barros (mãe de Manuel José Monteiro de Barros), constituem os dois ramos da família Monteiro de Barros no Brasil.

     

     O filho do casal acima, Dr. Manuel Monteiro de Barros, foi Médico de Câmara da Rainha D. Maria I (mãe de D. João VI), que por alvará de 1782, recebeu o foro de Cavaleiro fidalgo da Casa Real.

      O Guarda-Mor Manuel José Monteiro de Barros, filho de Mariana Monteiro de Barros, emigrou para o Brasil em meados do Séc. XVIII, atraído pela mineração. Fixou-se inicialmente na Bahia e posteriormente em Minas Gerais. Em 1761, Manuel José, adquiriu a sesmaria de Galés de Cima, em São João del Rei, onde encontrou rico veio aurífero no ribeirão de São Francisco Xavier,  na encosta sul da serra do Lenheiro.

      Descrever a família Monteiro de Barros com precisão e em sua totalidade sem deixar escapar um nome, um galho, constitui tarefa ousada, difícil, para não dizer impossível. Espalhada por todo o Brasil, principalmente pelos Estados do sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo), ocupando as mais variadas profissões, disseminada pela zona urbana dos grandes centros e pela rural dos vastos municípios brasileiros.

     Formada por proprietários rurais, membros da chamada aristocracia rural cafeeira e por titulares do império (Barões, visconde, condes romanos), militares e presidentes de províncias do Brasil Imperial. Essa grande família teve seu auge na opulência do Primeiro e Segundo Reinados.

 

      Entre as personalidades existentes na família Monteiro de Barros, podemos destacar: o senador da República, jornalista e escritor Paulo Alberto Moretzsohn Artur da Távola Monteiro de Barros (in memorian); os atores José Carlos Monteiro de Barros (Diogo Vilela) e Letícia Spiller Pena; a cantora Marília Monteiro de Barros Baptista (Marília Baptista); a secretária de educação da cidade de Niterói, Rio de Janeiro, Flávia Monteiro de Barros; a defensora pública do Estado do Rio de Janeiro, Ângela Haussmann de Moura Brito. A juíza carioca, Juliana Monteiro de Barros. A Delegada da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, Flávia Monteiro de Barros; o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot Monteiro de Barros. Os desembargadores da justiça mineira, Alice Monteiro de Barros (in memorian), Márcio Aristeu Monteiro de Barros e a desembargadora da justiça do Estado do Rio de Janeiro, Odete knaack de Souza. Os generais do Exército brasileiro, Roberto Seabra, Luiz Francisco e Hélio Monteiro de Barros (irmãos) e o General Ramiro Monteiro de Castro. O Capitão de Mar e Guerra da Marinha do Brasil Ronaldo César Monteiro de Barros. O embaixador Eduardo Monteiro de Barros Roxo; o jornalista Lucas Mendes Grandini (Lucas Mendes, do programa  Manhattan Connection). Os imortais, membros da Academia Brasileira de Letras - ABL, Luiz Carlos Monteiro de Barros e Ivan Monteiro de Barros Lins. Os professores, Artur César Bastos Neto, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, e, Fernando Monteiro de Barros, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ, Maria Clara Machado, escritora e fundadora da Escola de Teatro Tablado, no Rio de Janeiro, Aníbal Monteiro Machado, escritor, Lucas Monteiro Machado, médico, Cristiano Monteiro Machado, político mineiro, o governador de Minas Gerais, Milton Campos. Entre tantos outros membros da família de igual importância.

 

        Suas raízes, mergulham até a época remota do ciclo do ouro, em Minas Gerais, e por linha materna até meados do século XVI, na Bahia.

     Fato de destaque ocorre na Família Monteiro de Barros, trata-se do seu entrelaçamento, por laços de casamento, com diversas outras famílias. Podemos citar algumas: Abranches, Almeida Magalhães, Amoroso Lima, Amoroso Anastácio, Avelaneda, Breves, Bourroul, Burlamaqui, Cavalcanti de Albuquerque, Catão, Cresta, Dumont, Farani, Gabraglia, Gandra, Gonçalves de Moraes, Guinle, Halfeld, Hoffbauer, Hungria, Junqueira, La Tour, Legge, Lister, Lustosa, Macintyre, Malcher, Montbron, Niemayer, Nioac, Oliveira Roxo, Pedrosa, Rombauer, Sá Earp, Suckow, Yamakado, entre outras.

       Advogados, atores, defensores públicos, desembargadores, escritores, embaixadores, engenheiros, estudantes, juízes, militares, professores, políticos e procurador da República. Assim tem contribuído a família Monteiro de Barros para o enriquecimento da história do Brasil.

       Aqui você conhecerá um pouco da história e a saga de uma família, de uma gente que ama a terra onde nasceu, imbuídos de grande espírito de luta, estão sempre prontos a dar o seu sangue pela pátria. Homens e mulheres, determinados, forjados na têmpera do aço, que nunca recuaram diante dos obstáculos , e que, se orgulham desta terra chamada Brasil.

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